terça-feira, outubro 19, 2004

uma parte. uma realidade. uma pergunta.

"Nunca o vira de mau humor ou embriagado, apenas triste, às vezes, durante aquela maldita guerra, mas mesmo assim, quando ela chegava, esquecia tudo. Qualquer coisa, qualquer coisa neste mundo, qualquer pequena dificuldade com seu trabalho, tudo o que ocorresse dizer-lhe, ele logo compreendia. Nem com a própria família se dava o mesmo. Mais velho do que ela, e mais inteligente - tão sério que ele era, tentando fazer com que ela lesse Shakespeare antes mesmo que pudesse compreender uma história infantil em inglês, - e com muito mais inteligência, ele a auxiliaria. E ela também poderia auxiliá-lo."
Mrs. Dalloway - Virginia Woolf (Tradução de Mário Quintana)
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só hoje eu fui ver akira. que coisa sensacional né? deus do céu. claro que tudo aquilo faz sentido. claro. estamos nos mesmos providenciando o nosso extermínio. claro. e não há criança que salve. não há akira quem salve. há um deus que nos salve? o lobo não é o lobo do homem. a metafísica é a loba dos homens. uma pena. nós estamos perdendo o paraíso. o que é SER humano?
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começo a brandar contra a crueldade humana, e queixar-me de como os homens se despedaçam mutualmente.
por que descobrir verdades e enviar mensagens?

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