(Sylvia Plath)
"Esta é a luz do espírito, fria e planetária. As árvores do espírito são negras. A luz é azul. As ervas descarregam o seu pesar a meus pés como se eu fosse Deus, picando-me os tornozelos e sussurrando a sua humildade. Destiladas e fumegantes neblinas povoam este lugar que uma fila de lápides separa da minha casa. Só não vejo para onde ir.
A lua não é uma saída. É um rosto de pleno direito, branco como o nó dos nossos dedos e terrivelmente perturbado. Arrasta o mar atrás de si como um negro crime; está mudo com os lábios em O devido a um total desespero. Vivo aqui. Por duas vezes, ao domingo, os sinos perturbam o céu: oito línguas enormes confirmando a Ressurreição. Por fim, fazem soar os seus nomes solenemente.
O teixo aponta para o alto. Tem uma forma gótica. Os olhos seguem-no e encontram a lua. A lua é minha mãe. Não é tão doce como Maria. As suas vestes azuis soltam pequenos morcegos e mochos. Como gostaria de acreditar na ternura... O rosto da efígie, suavizado pelas velas, é, em particular, para mim que desvia os olhos ternos.
Caí de muito longe. As nuvens florescem, azuis e místicas sobre o rosto das estrelas. No interior da igreja, os santos serão todos azuis, pairando com os seus pés frágeis sobre os bancos frios, as mãos e os rostos rígidos de santidade. A lua nada disto vê. É calva e selvagem. E a mensagem do teixo é negra: negra e silenciosa."
A lua não é uma saída. É um rosto de pleno direito, branco como o nó dos nossos dedos e terrivelmente perturbado. Arrasta o mar atrás de si como um negro crime; está mudo com os lábios em O devido a um total desespero. Vivo aqui. Por duas vezes, ao domingo, os sinos perturbam o céu: oito línguas enormes confirmando a Ressurreição. Por fim, fazem soar os seus nomes solenemente.
O teixo aponta para o alto. Tem uma forma gótica. Os olhos seguem-no e encontram a lua. A lua é minha mãe. Não é tão doce como Maria. As suas vestes azuis soltam pequenos morcegos e mochos. Como gostaria de acreditar na ternura... O rosto da efígie, suavizado pelas velas, é, em particular, para mim que desvia os olhos ternos.
Caí de muito longe. As nuvens florescem, azuis e místicas sobre o rosto das estrelas. No interior da igreja, os santos serão todos azuis, pairando com os seus pés frágeis sobre os bancos frios, as mãos e os rostos rígidos de santidade. A lua nada disto vê. É calva e selvagem. E a mensagem do teixo é negra: negra e silenciosa."
*
deveria sair melhor estruturado, mas não sei como fazer. toda essa tecnologia ainda é muito nova para mim. estou no colégio esperando o toque da primeira aula da tarde. hoje assistirei duas aulas da tarde, e não tenho dinheiro para lanche nenhum. a fome já se alastra. queria passar o resto do dia na frente desse computador. peguei um livro vagabundo na biblioteca e estou buscando provas passadas para tentar imprimir por aqui mesmo e tentar resolver. claro que eu não consigo, mas a gente finge que sim. fingir resume tudo isso. e hoje não conto com o discman e, ao som, o toque do teclado dos outros. queria ouvir elliott smith (é assim que escreve?) ou gomez. alguma coisa que acalme a alma e prepare para mais algumas horas difíceis.
que cansaço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário