domingo, abril 30, 2006

Não é nada.

Olha, pode ser até normal ficarmos perdidos quando nos deparamos com o mar de possibilidades que possuímos nisso que é a respiração-diária-necessária. Mas olha, nessas horas não é necessário que busque refúgio no desespero, na incerteza, insegurança e todas essas outras coisas. Não estou falando que isso não é importante, até é, visto em uma perspectiva, mas o que eu queria dizer era que ainda é possível fazer dessa existência algo que possa ser usado por aqui mesmo, ao teu próprio benefício. É difícil, mas não pense que para alguém é fácil, não é.
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Certeza que não viria, que não me entregaria sua mão, que não era capaz que quebrar as mil portas que nos separam, que viria ao meu auxílio e me socorreria e tentava me demonstrar que também não sabe o caminho, mas que está aí, é o que nos resta não é?
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Uma vez imaginei um velhinho, quais seriam suas perspectivas. O esquema de hoje é pensar nas probabilidades. Mas pouco, não pode pensar nisso muito senão enlouquece. Eu falo por experiência própria.
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Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não.

domingo, abril 09, 2006

Saudade.

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
(C.L.)