quarta-feira, janeiro 25, 2006

60'.

só pode ser algo incerto mesmo para assegurar-me. para fazer com que eu pense: sim, as coisas vão passar como tudo passa nessa vida, não, esqueça, esqueça que o futuro não te reserva muitas expectativas. eu abri agora o bloco de notas - sim, porque o word consegue me irritar de tal maneira que só há tolerância quando estou a digitar as milhares de folhas dos trabalhos acadêmicos -, pensava em escrever com um eu lírico feminino. iria fabular uma historinha povoada na década de 60, onde uma jovem senhorita espera o senhorito na janela no lar.mas fica para outro dia. é bobinha mesmo, não espero muito dela.
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ah, nossa. a conexão necessária provém de onde mesmo? do hábito?
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hábito do inferno, viu.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

negação.

me nego. definitivamente me nego a ser mero instrumento de utilidade única para diversão. lógico que ninguém usa ninguém desta maneira, quer dizer, não alguém que ao menos sente pelo outro o mínimo de respeito possível. parece-me que gostas mesmo de ver restinhos de mim espalhados pelo chão, parece que é necessário que eu pene para que você respire aliviado denotando missão cumprida. e vai saber o que eu fiz para merecer as costas quando o que ofereço é amor. e você nem ninguém tem moral para dizer que isso não é amor, pode parecer que não mas sei sim o que isto significa. você foi um dos primeiros que me deu o exemplo que a verdade não precisa necessariamente ser dita para ser manifestada, podemos talvez colhê-la mais seguramente sem esperar tanto pelas palavras ou até mesmo sem levá-las em conta, em mil sinais exteriores. mas enquanto isso eu prossigo seco e em pé com as veias gritando, mesmo.
ah, que chatice. parece aqueles diarinhos de adolescente cagão.
raiva, viu.