quinta-feira, dezembro 22, 2005

sim, basicamente isso.

(...) sei que ele me quer. elogio-o demasiadamente, é verdade. sinto um estranho prazer em dizer-lhe coisas de que me arrependerei depois. geralmente, ele é muito gentil para comigo, e ficamos sempre falando de mil coisas. de vez em quando, porém, mostra-se horrivelmente irritadiço, parecendo sentir um verdadeiro prazer em magoar-me. nesses momentos, sinto que dei toda a minha alma a uma criatura que a trata como uma flor que se põe na lapela, como uma condecoração que seduz a sua vaidade, como o ornamento de um dia de verão.
(...)

quarta-feira, dezembro 21, 2005

renascido.

uma hora isso tinha que voltar né? então, aqui estou.
sabe que fiquei meses sem escrever aqui por puro prazer? puro prazer assim, quase sempre vinha mas nunca sentia vontade mesmo de escrever. mesmo porque é difícil né? a gente rápido se perde em palavras, então o que devia ser dito não é - como agora.
chatice.
e como devemos fazer promessas quando o ano está se encerrando, então eu faço a minha aqui. ano que vem isso ficará mais movimentado. apesar de ser para o nada.
ninguém esperava uma atualização. inclusive eu.
ah. e ouçam esse novo do belle & sebastian se alguém me lê.
*
beijos e feliz ano novo para todos.

domingo, junho 05, 2005

lamúrias.

queria emagrecer 8 kg. mas essa coisa de comer e vomitar estraga os dentes, então eu não gostaria de arranjar mais um problema.
*
dei para escutar dominó agora. (sim, aquele grupinho de rapazes da década de 80) quer dizer, as pessoas enlouquecem, mesmo.
*
falando em enlouquecer, alguém pode explicar o que se passa na cabeça daquele cara do jornal? simplesmente eu não consigo entender qual é a dele. será que ela quer nos advertir?
*
help me kill my time, 'cos I'll never be fine.
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precisava de uma boa dieta, isso sim. 8 kg para normalizar as coisas. 12 kg para ficar como o Molko - e esses caras esqueléticos... =~ é uma situação difícil essa de ocupar um espaço desnecessário, tanto corpo que eu não sei onde colocar, só atrapalha, só é pedra no caminho. melhor a gente ser um feio raquítico.
*
olha que beleza:
Un día más, se llena de color Y tú vendrás, a llenarlo de amor Ya no me preocupo al caminar Porque tú estás aquí Y pierdo todo el miedo que me da Porque tú crees en mí.
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melhor nem colocar os créditos, que é mais vergonhoso que ouvir dominó.
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deus há de salvar os nossos homens.

quinta-feira, abril 14, 2005

pequena tragédia.

por vezes nos deparamos com situações contrangedoras. um exemplo claro disso foi eu ler minha belíssima (?) resenha na sala, semana passada, em voz alta, para depois constatar o que eu mais temia: sim a resenha estava errada. constrangedor. melhor foi a professora falando: quem tá certo?ele ou ele? argh. tremendo vexame, viu. e quem disse que eu queria acertar? foi mais uma provação que infelizmente, eu reprovei.fazer o quê se a face foi oferecida ao tapa. fazer o quê...
*
e los hermanos é o que de melhor há atualmente nesse cenáriozinho musical brasileiro. (isso leva acento?)
*
alguém tem 'a náusea' do sartre que me arrume?sou pedinte mesmo. ah, e se tiver alguma coisa - qualquer coisa - do proust eu também aceitaria. 'em busca do tempo perdido' definitivamente, é a obra da minha meia-vida. depois a gente vê a melhor forma de eu retribuir este pequeno favor. sexualmente falando. (risos)
*
claro que eu não posso ser levado a sério. nem eu mesmo me respeito, imagine!?

quinta-feira, abril 07, 2005

Quase.

"Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos Bom dia, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. "
Luiz F. Veríssimo

they said.

em um estado como esse, ficar sem dormir não é recomendável. mas deitar-se em sono também não é. fico com a ilusão de que quando acordasse tudo estaria resolvido. mas não estará. Por isso continuo com a vigília.
*
e essa conversa que de estou com cara-de-morto? por acaso queres me advertir?
*
sofro de bloqueio. nem sobre algo que eu gostei consigo escrever. vou ali me suicidar um pouco e já volto.
*
"It´s all over now, baby blue"

segunda-feira, março 21, 2005

trois.

The ghost of an unkissed kiss
A field of snow without footprints?
It'll always be perfect,
but we didn't get to live it
The lights that shone for us across the water
Through the misty dusk
It'll always be perfect,
but we didn't get to live it
These lonely places were touched by love?
Dust for the traces and they'll show up.
These are the words we'll pack away
These are the feelings that will stay.
Dry eyes, dry eyes
It was never going to end in dry eyes
We'll never know what we let go.
How do you push aside
Something that just feels so right?
It'll always be perfect
But I didn't get to live it
We found what so many seek
But it was never ours to keep
It'll always be perfect,
but we didn't get to live it
I know how unfair been on her,
that I could have made it easier but
I wanted her so bad, you see,
I just wouldn't stop at anything.
Wrong as it was to do,
those eyes were made to look into it'll always be perfect,
but we didn't get to live it.
So I would just do wrong until theache became too strong
It'll always be perfect,
but we didn't get to live it.

*

por que isso é foda. =\ foda. foda. foda. foda. foda. foda. foda. e foda.

domingo, março 06, 2005

casa pré-fabricada.

canta qualquer coisa assim sobre você... que explique a minha paz... tristeza nunca mais...

quinta-feira, março 03, 2005

delicate.

às vezes eu tenho umas recaídas. hoje ouvi muse até não poder mais. mil coisas para fazer e a concentração que era bom. nada. e na sexta vai rolar bundalêlê. que a aless aceite o meu convite. =
*MEDO*

segunda-feira, fevereiro 28, 2005

.

estou com aquela impressão de que não é exatamente como eu imagino que seja...


... pior vai ser quando me lembrar de que essa impressão nunca antes esteve errada.

oh, fuck!

sábado, fevereiro 19, 2005

aLtivo.

feito pra mim,
bom p'ra você,
deixa mudar
e
confundir.

deixa de lado o que se diz,
tem no mercado -
é só pedir
me faz chorar...
e é feito pra rir.

..

ah, e é claro, também não sei qual é a diferença entre um frango e a honestidade. =\

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Trechos do Inventário.

Descobririas que as coisas e as pessoas só o são em totalidade quando não existem perguntas, ou quando as perguntas não são feitas. Que a maneira mais absoluta de aceitar alguém ou alguma coisa seria justamente não falar, não perguntar - mas ver. Em silêncio. (...) O que faz nascer as perguntas não é uma necessidade de conhecimento, mas de ser conhecido.
(...)
Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.
(...)
Quando partiu, levava as mãos no bolso, a cabeça erguida. Não olhava para trás, porque olhar para trás era uma maneira de ficar num pedaço qualquer para partir incompleto, ficado em meio para trás. Não olhava, pois, e pois não ficava. Completo, partiu.
(...)
Não vou perguntar por que você voltou, acho que nem mesmo você sabe, e se eu perguntasse você se sentiria obrigado a responder, e respondendo daria uma explicação que nem mesmo você sabe qual é. Não há explicação, compreende? Eu também não queria perguntar, pensei que só no silêncio fosse possível construir uma compreensão, mas não é, sei que não é, você também sabe, pelo menos por enquanto, talvez não se tenha ainda atingido o ponto em que o silêncio basta? É preciso encher o vazio de palavras, ainda que seja tudo incompreensão? Só vou perguntar por que você se foi, se sabia que haveria uma distância, e que na distância a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto. E esquece sabendo que está esquecendo.

Lixo e Purpurina.

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas as tentativas de aproximação. Tenho vontade de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso". (C.F.)
=~

quando júpiter encontra saturno...

(...)- você tem um cigarro?
- estou tentando parar de fumar.
- eu também. mas queria alguma coisa nas minhas mãos agora.
- você tem alguma coisa nas mãos agora.
- eu?
- eu.
silêncio.
- como é que você sabe?
- o que?
- que o menino vai se matar?
- sei muitas coisas.
- eu não sei nada.
- te ensino a saber. não a sentir. não sinto nada. já faz tempo.
- eu só sinto, mas não sei o sinto. quando sei, não compreendo.
- ninguém compreende.
- às vezes sim. eu te ensino.
- dificil. morri em dezembro. com cinco tiros nas costas. você também.
- também. depois saí do corpo. você já saiu do corpo?
(...)

trecho I.

"Andei pensando em Adele H., em Boy George e em John Hincley Jr. Andei pensando nesses extremos da paixão, quando te amo tanto e tão além do meu ego que - se você não me amar: eu enlouqueço, eu me suicido com heroína ou eu mato o presidente. Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papéis tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida".
Extremos da Paixão / Pequenas Epifanias
PUTAQUEPARIU! =\

sábado, janeiro 08, 2005

campanha 2000 reais urgente!

e eu sentindo todo o peso opressor desse sistema capitalista desabando sobre a minha cabeça. =

sexta-feira, janeiro 07, 2005

perspectiva?

alguma. o novo ano não anda nada bem. uma pena porque eu apostava que as coisas começariam nos seus devidos lugares, foi mais uma ilusão. mas nem tudo está perdido não é? a vida é feita de quedas mesmo, e eu caí mais uma vez. força charlie, força. pior que não sei o que diabo eu fiz para ser tão ignorado. poxa. onde eu errei? até mãezinha agora deu para me dar as costas! pode?
argh. que coisinha de mulher-cor-de-rosa.

queimem no fogo do inferno.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

uma prostituta.

como era mesmo? tinha por fora um vestido vermelho bem passado e uma maquiagem mal feita denotando uma mulher com pressa de sair de casa. os sapatos de salto agulha já eram gastos e a meia-calça velha e usada. mas a mulher gostava assim. um colar e uma bolsa finalizavam todo o enfeite e a mulher estava pronta para mais uma noite. uma mulher barata. de programa. daquelas mesmo que por dinheiro são capazes de trepar a noite toda. foder até o outro dia, onde acordam exaustas. entregaram-se ao sistema solar de corpo, sem caráter algum, nem de mulher. tinha por si comprar uma nova casa? talvez. e se a criança perguntasse, ora, era só abaixar a voz, já tênue. imagine! chegava a ser caquética.
a mulher e mais uma noite difícil. mas viver era difícil, é como se a cada dia necessitasse de mais, para poder viver menos. drogas? não. apenas o cigarro era usado como um sinal de que aquela prostituta era enfim - uma prostituta. já passara dos 50, e usava a nicotina para que aquela mulher não se sentisse tão mulher. como nos filmes. era um sinal.
detestava o cheiro do cigarro. álcool fingia tomar. tristeza. tivera um marido um dia. nunca mais vira qualquer resquício da criatura.
perto de ti, tanto.
amanhecer.
solidão.
e lá ia a mulher de vestido vermelho tombando pela cidade deserta, rumo a sua morada. similar a um tatu. de dia a toca. A noite, à vida.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

canção.

e na madrugada o maldito som me vem com essa:
'eu não resisto longe de você/ a solidão é meu pior castigo/ eu conto as horas pra poder te ver/ mas o relógio tá de mal comigo.'
alguém merece? =\
nessa hora que eu preciso com urgência correr atrás de alguma do Chrystian & Ralf para cair na gargalhada. tipo aquela lá:
"tinha um sonho, ir pra Nova York/ (levar a namorada)/ fazer o seu caminhão voar nas nuvens/ mas enquanto isso na estrada.../ saudade vai, vai, vai.../ saudade vem, vem, vem...te buscar."
alguém melhor para levar o trófeu tosqueira-mor de 2004?
(risos)

domingo, janeiro 02, 2005

a integração enriquece.

mais uma daquelas leituras de férias.

*

todos somos obrigados a conhecer e encarar nossas sombras. você reconhece suas sombras e aprende a se conhecer melhor quando você examina suas reações exageradas. sempre que você reage de forma incoveniente, o reprimido em você tem um papel nisso. ou observe-se contra quem e contra quais faltas você gostaria de esbravejar. "o que não está em nós, isto não nos irrita", diz Hermann Hesse. integrar a sombra não significa trazer à tona de uma vez todos os desejos e necessidades que você reprimiu na sombra. a sombra precisa, antes de tudo, ser reconhecida. somente quando você lhe devotar seu amor, a sombra começarará a ser-lhe útil. ela o libertará de sua parcialidade. sua agressão reprimida vai ajudá-lo a demarcar melhor seus limites. Suas necessidades reprimidas vão ensiná-lo a relacionar-se melhor consigo mesmo. algumas pessoas temem que as sombras a domine quando a integrarem. a verdade é: a sombra que você integra vai também ser-lhe útil e enriquecer sua vida.

era de tarde...

minha beleza de azul, vamos ver logo a água que eu tenho de dormir cedo, amanhã é dia de treino. e ainda por cima o demônio do cavalo está dando para trás.