Se o amor for pensado simplesmente como posse física do objeto amado pelo amante poderia ser, na maioria das vezes, facilmente satisfeito. Como exemplo claro disso me vem à cabeça Proust e o seu herói no momento importante da saga "Em busca do tempo perdido", em que ele instala sua amante em casa e pode vê-la e possuí-la sempre que quiser, colocando-a em total dependência material; no entanto ele não se livra da inquietação, encontrando-se imerso em preocupações. É por sua consciência que Albertine escapa de Marcel, mesmo ela estando ao seu lado, e é por isso que ele só se tranqüiliza contemplando-a dormindo.
Pergunto: Pode-se concluir que o amor deseja capturar essa consciência? Mas, porque o deseja? Porque o desejo?
Pergunto: Pode-se concluir que o amor deseja capturar essa consciência? Mas, porque o deseja? Porque o desejo?
2 comentários:
ai, charlie...
queria ser amado.
=\
Platão explica.
ou Morrissey
"Last night I dreamt
That somebody loved me
No hope, no harm
Just another false alarm"
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