quarta-feira, outubro 11, 2006

Mágica no ar.

Se quisesse, eu poderia machucá-lo. Mas quero ajudar-lhe, ajudar a mim, buscar um conforto, alguma coisa aqui dentro que me ligue ao de fora sem exigir muito de mim. Queria dizer que está tudo bem, agitá-lo, acordá-lo, conversar. Mas isso não vai acontecer. Já pode ser tarde demais.
Eu estava disposto & aberto e nada aconteceu.
Eu me senti mal com tudo aquilo.
Confiança.
Eu nunca tive e é esse o meu problema. Falho sempre.
No entando, as soluções a todos esses meus dilemas parecem mais óbvias agora."Oh, talvez eu possa arrumar o cabelo. Talvez eu possa usar aquela camisa azul, com essa calça jeans escura, ficam bem hein?!"
Talvez eu devesse parar de ficar me desculpando toda hora. Eu sei que cada pessoa, particularmente e a sua maneira, necessita de amor. Talvez todos estejam assustados, mesmo os que posam um olhar sereno em você, talvez esses sejam os mais assustados.
Eu estou vivo e tenhocomigo alguma coisa viva pronta para doar, mas talvez essa coisa pronta que eu levo aqui dentro necessite de outra pessoa para então ela estar completa.
Existe isso?
Estou fazendo um esforço, estou dando o melhor de mim.
Ruim é quando a gente se sente socialmente inadequado. O olhar dos outros nos desintegram, é uma ofensa. Eu sou meio estúpido para essas coisas, mas é basicamente o que eu sinto sempre quando tento uma aproximação com um outro ser da minha espécie.
Eu estou ascendendo, crescendo, percebo em mim mudanças, é bacana isso.
Mas se eu posso dar uma conselho pra mim mesmo diria: "Não procure supor, e não pense que as pessoas aí vivendo têm respostas e sacam das coisas e você não".
Será o meu momento para o Amor. Tem alguma coisa no ar, posso sentir.
Todos somos estrelas, e sinto a sua quando brilha em mim.
Gosto de ti.

Um comentário:

Jeanine Will disse...

Lindo texto, querido!
Uma prosa bem poética, eu diria.
Não deixe de escrever. Tem gente querendo te ler.
Um beijo grande,
Jean.