(...) sei que ele me quer. elogio-o demasiadamente, é verdade. sinto um estranho prazer em dizer-lhe coisas de que me arrependerei depois. geralmente, ele é muito gentil para comigo, e ficamos sempre falando de mil coisas. de vez em quando, porém, mostra-se horrivelmente irritadiço, parecendo sentir um verdadeiro prazer em magoar-me. nesses momentos, sinto que dei toda a minha alma a uma criatura que a trata como uma flor que se põe na lapela, como uma condecoração que seduz a sua vaidade, como o ornamento de um dia de verão.
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